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José, O Grande Servo
José, O Grande Servo
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José, O Grande Servo


E tanto insistiu que seu pai após protestar, disse:

- Eu te dou três dias para que chame os mais necessitados para que venham pegar o que puderem, depois deste tempo ninguém levará nada. Mas se você der alguma coisa para alguém que não seja necessitado, eu te darei uma surra que os ossos das suas costelas doerão por uma temporada.

José se viu em um dilema. Por ter um coração bom estava em uma situação que não sabia o que fazer e sua voz interior lhe disse:

- Vá ao eremita e peça um conselho. Ele saberá o que fazer.

No dia seguinte ele partiu e ao fazê-lo, disse ao seu pai:

- Já pode começar a contar!

Quando chegou onde o eremita estava, contou tudo o que havia acontecido e o homem riu e disse:

- Não queria que o ALTÍSSIMO o ajudasse? Pois veja quão bem ELE o ajudou! Agora você tem tudo de sobra e por isso tem um problema, mas venha que vamos pedir ajuda novamente.

E ambos entraram na caverna e o eremita o levou a um lugar onde orar e ambos se ajoelharam com a cabeça no chão e ouviu-se:

- Oh, ALTÍSSIMO que conhece o coração dos seres humanos nos dê a solução para este problema, de tal maneira que o maior número de pessoas possa se beneficiar de tudo o que nos foi dado, mas apenas aquelas que sejam dignas disso.

E José ouviu em sua mente a voz que disse:

- José, meu servo, estou muito satisfeito com você e irei ajudá-lo, portanto ouça o que você precisa fazer. Dentro de um dia, você viajará em uma direção e a todos que encontrar dirá para se apresentarem em sua casa que seu pai irá ajudá-los. E depois faça o mesmo em outra direção e diga que se apressem porque está terminando o que há para ser distribuído. E eles se apressarão mais do que os primeiros e assim chegarão quase ao mesmo tempo.

José agradeceu ao ALTÍSSIMO e assim disse:

- Oh, ALTÍSSIMO que quero servi-LO, me diga qual caminho preciso escolher para fazer isso.

E a voz surgiu outra vez em seu pensamento e disse:

- Você tem ao seu lado o homem que irá lhe dizer e quando tiver de procurar uma profissão, lembre-se dos velhos que você encontrou.

Nada mais se ouviu. Ele se levantou e disse ao eremita:

- O ALTÍSSIMO falou comigo. Vou embora correndo fazer Sua Vontade.

- Acho muito bom que se apresse para fazer a vontade do ALTÍSSIMO – respondeu o eremita – mas não comece a correr agora para que não aconteça com você o que aconteceu com o cavalheiro. Desça a montanha primeiro e depois, quando estiver na estrada, comece a correr.

José se despediu dele e começou a descer tão devagar que deu um tropeção que quase acaba como o cavalheiro. E o eremita, vendo o tropeção lá de cima, disse: - Como você sobe muitas vezes, vou ter de procurar algo para curar seus ferimentos porque é óbvio que você vai acabar com a cabeça quebrada.

José partiu e fez tudo que lhe foi ordenado. E foi assim que começaram a chegar à casa do seu pai muitas pessoas que foram alimentadas. Algumas também receberam roupas e móveis. E continuaram chegando até o ponto em que o pai disse:

- Já chega! Porque demos mais do que recebemos e não quero que agora, por fazer caridade, me encontre precisamente na miséria e se torne realidade o que foi dito ao homem do Rei.

Alguns dias depois, enquanto estavam comendo, o pai de José perguntou:

- Que comida era aquela que você nos deu? Que não estava tão mal, mas a única coisa que não consegui engolir foi aquele licor que você nos serviu.

- Meu senhor e meu pai - respondeu José – se conto, o que você está comendo irá fazê-lo se sentir mal. É melhor respondê-lo hoje à tarde, depois da sesta.

E diante da insistência do pai, José voltou a dizer:

- Meu senhor e pai, não é prudente dizê-lo agora.

E seu pai se encheu de raiva e levantando-se, disse:

- Quando você me chama de meu senhor e pai é que algo está errado. Diga agora, de uma vez por todas porque eu estou mandando!

- Bem, meu senhor e pai - disse José que se afastava dissimuladamente – não havia outra coisa que não fosse do campo e para que sua honra não fosse maculada com uma mentira, tive de pegar o que surgiu na minha frente. E como não conheço nada sobre o campo, levei dois dos seus criados que foram criados no campo e que não tem segredo para eles. Eles me aconselharam a pegar tudo o que via e eu segui seu conselho. E tirando o licor, que saiu muito ruim, o resto não esteve tão mal.

O pai, segurando sua mão, disse:

- Sim, concordo com você, mas me diga mais uma coisa porque deve haver algo mais para seu corpo sentir tanto medo e você querer se posicionar para sair correndo.

José, que se viu preso, pensou: - É a hora de se portar como um homem! E ele respondeu:

- Meu pai, existe mais alguma coisa, mas é melhor me segurar com mais força porque você vai precisar das duas mãos – o pai não deu ouvidos a isso e José continuou – A carne que foi servida era de ratos do campo.

O pai levou ambas as mãos à boca, por causa de uma ânsia de vômito. E o rapaz que se viu livre, saiu correndo e o pai saiu atrás dele e mandou que os criados o pegassem porque queria lhe dar uma surra.

Ao longe, ele foi pego por um daqueles que o acompanharam e José disse:

- Essa é boa! Você me segura em vez de correr porque ele quer bater naqueles que se envolveram com a comida do outro dia.

E o outro que havia entendido muito bem, respondeu:

- Meu senhor, é melhor que batam em você porque assim deixam de bater em mim.

José vendo que seu pai se aproximava, disse:

- Não pense nisso. Mas se o filho recebe alguns golpes que não serão dados ao criado, então ele receberá uma dose dupla, primeiro da parte do pai e depois da parte do filho.

O criado, que era esperto, disse:

- Meu senhor, você tem razão! Por isso dizem que você é inteligente. Vá correndo e não fique na minha frente porque não quero atropelá-lo.

E eles correram juntos vendo quem chegava primeiro à saída da casa que dava para o campo.

QUEDA E CASTIGO

Isto aconteceu em outra ocasião quando José tinha a idade de vinte e um anos de idade.

Ele estava passando por um período em que tinha o estado de ânimo em baixa e parou de fazer a oração para o ALTÍSSIMO e também de ouvir a voz que de vez em quando se dirigia a ele e o advertia quando poderia cometer uma ação que não era correta.

Ele descobriu que era como os outros, aqueles que não se importavam em cair em tentação e começou a falhar, ainda que em coisas leves e quando isso acontecia, tinha grandes remorsos.

Foi nesta situação que aconteceu o seguinte. Preste atenção que foi na frente dos demais que descreveu como havia perdido a virgindade e esta foi a primeira vez que ele dormiu com uma mulher.

Estava um dia em sua casa, atravessando um período de depressão, por assim dizer, algo que é comum nos rapazes desta idade, quando vieram visitá-los algumas pessoas da cidade. Com elas veio uma jovem bonita que estava procurando marido. Elas vinham ver se pescavam José, porque sabiam que seus pais tinham uma grande fortuna e eram parentes do Rei.